Jornal da Cidade Regional

Volume útil da represa de Furnas que abrange cidades do Centro-Oeste de MG sobe cerca de 3% após chuvas de outubro

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O volume útil do Lago de Furnas, que banha Capitólio, Pimenta e Formiga, na região Centro-Oeste de Minas, subiu cerca de 3% após as últimas chuvas registradas nas cidades.

O volume útil estava em 14,74% no dia 23 de setembro. Já na quinta-feira (28), chegou a 17,30%. O resultado implica em um aumento de 753,8 m para 754,3 m.

Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), a margem aceitável é de 30%. Apesar disso, o crescimento já é um alívio para quem vive da agricultura familiar, piscicultura e do turismo.

“Com certeza essas chuvas que estão caindo agora são decisivas para a agricultura familiar e atividades como a piscicultura. Era tudo que o produtor precisava nesse momento. Veio na hora certa, eu diria, pois durante o dia o tempo fica quente, sai um pouco de sol e a noite chove e esse é o tempo ideal para o cultivo”, afirmou o presidente da associação dos feirantes na região de Furnas, Guilherme Santos.

O volume do lago é mensurado ainda pelas nascentes e principais rios que cortam a área. De acordo com o secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), Fausto Costa, “com certeza as chuvas estão em um bom volume, mas precisamos que os próximos meses continuem chovendo bastante, nesta mesma intensidade para que tenhamos um lago em melhores condições para atender o uso múltiplo”, complementou.

Medições anteriores

Em agosto, o volume útil do Lago de Furnas estava em 18,2%. O número foi considerado um dos mais baixos da história para o mês. Em setembro, a medição diminuiu para 14,74%.

A situação analisada em agosto só não é menor do que foi contabilizado no mesmo mês em 2001, quando o Brasil passou por um racionamento de energia. Naquele período, o volume útil da represa chegou a 13,72%caiu para 12,98% em setembro e atingiu 28,03% em dezembro.

No ano passado, o volume útil do lago era de 50,20% em 25 de agosto. A informação é de Furnas.

Ainda conforme a ONS, em dados gerais, sem avaliar apenas o mês de agosto, o pior registro foi em 1999 quando a represa atingiu 6,28%.

Calamidade em MG

Anteriormente, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também alertou sobre a seca em um evento de abertura do Processo de Tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto em Capitólio.

Na avaliação de Zema, há menos de 30 dias, a situação do nível de água nos reservatórios das represas do estado podia ser considerada como calamidade pública.

“O caso de Furnas se repete em Nova Ponte e se repete em várias outras represas do Estado, é realmente uma situação, eu diria, de calamidade pública”, declarou naquele momento.

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