Os dias de apreensão dos familiares e amigos de Maria Eduarda estão com os dias contados. Pelo menos, é o que se espera do sistema de Justiça, que definiu a audiência na qual o autor do crime será julgado para o dia 13 dezembro, no Fórum de Formiga. O caso aconteceu em junho do ano passado e causou comoção em toda a região, além de acender um alerta para o combate à violência de gênero.
Entenda o caso
Conforme apurado pelo Jornal Cidade à época, e também de acordo com a Sentença de Pronúncia do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a adolescente Maria Eduarda, de 15 anos, saiu de sua casa no dia 2 de junho de 2020, por volta das 20h30, para um compromisso.
No caminho, a vítima foi surpreendida por um homem desconhecido que, depois de roubar o seu celular, a constrangeu, mediante ameaça e grave violência, a ter conjunção carnal. A denúncia ainda narra que, nas mesmas circunstâncias, o réu asfixiou a vítima com a intenção de ocultar os crimes praticados. Após os eventos apresentados, o autor vendeu o celular da vítima pela quantia de R$ 50.
O corpo de Maria Eduarda só foi encontrado no dia 7 de junho, cinco dias após o crime. Já o autor, que é um homem de 26 anos, só foi encontrado um dia depois, na manhã do dia 8 de junho.
O julgamento
O réu será julgado pelo crime de homicídio (art.121) qualificado pelo emprego de asfixia, pelo uso de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, e pelo fato do crime ter sido praticado para assegurar a ocultação de outros crimes. De acordo com o Direito Brasileiro, os crimes dolosos contra a vida, como o praticado contra a jovem, são julgados pelo Tribunal do Júri. Ainda, o réu será julgado pelo crime de roubo e estupro.
De acordo com a família da vítima, as testemunhas começarão a ser ouvidas na segunda-feira (13). Em contato com o Jornal Cidade, a família disse esperar que a justiça seja feita.
Via: Jornal Cidade.