Jornal da Cidade Regional

Família de Formiga realiza campanha para custear tratamento de criança que sofre com doença renal desde os 5 meses de vida

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A família do pequeno Daniel, de apenas 8 anos, está realizando uma campanha para auxiliar nos custos do tratamento do garoto, que é portador de doenças renais e respiratórias congênitas.

Daniel é filho dos formiguenses Neli Angela Alves e Felype Thomaz do Nascimento, casados há 11 anos e membros da IBVB (Igreja Batista Vale das Bênçãos). Neli e precisou deixar seu emprego para acompanhar Daniel em seu tratamento, na cidade de São Paulo.

“Minha renda hoje é a ajuda de custo que recebo do município por fazer tratamento e o benefício do Daniel. Isso sempre nos ajudou muito porque aqui em SP, se tratando de transporte, é tudo muito caro. Até o Daniel perder esse segundo transplante nós conseguíamos nós organizar com esses valores, mas, hoje, com ele indo todos os dias para hemodiálise, já não está dando mais”, explicou a mãe do garoto.

Daniel é portador de Síndrome Nefrótica Congênita e também de Estenose Subglotica Congênita, sendo um paciente renal crônico.

Logo no 12° dia de vida, Daniel começou a apresentar sintomas da Estenose Subglotica Congênita. Já a doença renal, começou a se manifestar quando o garoto tinha 5 meses.

“Inicialmente, meu filho fez todo o tratamento no hospital São João de Deus, em Divinópolis. O seu aniversário de um aninho foi lá, internado. Na verdade, a maioria dos anos da vida dele foi de internação a internação, com muitas intercorrências”, comentou Neli.

Em um dos muitos procedimentos feitos pelo garoto, os médicos descobriram que o pequeno descobrimos que precisaria usar um tubo de traqueostomia devido ao estreitamento das vias respiratórias. Até hoje, Daniel precisa trocar o tubo todos os meses.

Em 15/10/2015, Daniel recebeu seu primeiro transplante de rim. Sua mãe, Neli, foi a doadora.

“Desde então, sempre foi raridade conseguirmos ficar mais que 30 dias em casa. Nos anos seguintes, tivemos algumas internações longas, como em 2017, quando os médicos tentaram tirar a traqueostomia dele. Meu filho ficou sem conseguir engolir nem mesmo saliva durante 20 dias. Foi um processo muito doloroso pra todos nós”, relembrou a mãe.

Em 2019, Daniel foi infectado pelo Adenovirus. Em 2020, dentre outros problemas de saúde, Daniel teve câncer pós-transplante, COVID-19 e pneumonia. Essa foi a maior internação do garoto: 80 dias de internação hospitalar e outros 20 na Casa de Apoio.

Após tantos problemas de saúde, Daniel perdeu o primeiro transplante no início de 2021.

Em maio do mesmo ano, Daniel fez o segundo transplante, tendo seu pai como doador. Mas o pequeno também logo perdeu o transplante após ser infectado pelo vírus Polioma, em novembro de 2021.

Em dezembro, Daniel começou a fazer Hemodiálise 3 vezes por semana. Porém, no dia 26 de dezembro, o garoto passou mal durante a hemodiálise, precisando ser internado. Diversos exames foram feitos e o pequeno precisou passar o ano novo na UTI.

No dia 12 de janeiro, os exames confirmaram que o rim estava fazendo mal para o garoto. No dia 14, o rim foi retirado e Daniel precisou começar a fazer hemodiálise todos os dias.

Daniel deverá permanecer na hemodiálise até que o vírus seja eliminado por completo. Só então o garoto poderá entrar na fila de transplante ou receber de outro doador vivo. Até isso acontecer, Daniel e sua mãe precisarão continuar em São Paulo para manter o tratamento. Para ajudar com os gastos da permanência em São Paulo, sobretudo com transporte, a família está realizando uma campanha. Os interessados em contribuir podem fazer suas doações via PIX ou transferência bancária:

PIX – Chave PIX: 37988552034 (Celular)

TRASFERÊNCIA BANCÁRIA – Agência: 0115; Banco: Caixa; Operação: Poupança; Conta: 000765724585-0.

“Não almejamos nenhum valor específico, até porque não sabemos quanto tempo ficaremos aqui. Como o Daniel é cadeirante, nós temos muitas dificuldades com a locomoção e temos um alto gasto com transporte. Também fico feliz com essa campanha porque ela me permite contar a história de vida do Daniel. São poucas famílias que permitem a doação de órgãos e só Deus sabe como todos poderiam ajudar tantas vidas através de um único “sim”. Uma única pessoa pode doar rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado, intestino, tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias. Peço a Deus que essa campanha atenda também a esse objetivo de incentivar a doação de órgãos”, comentou Neli.

Em entrevista, a família do garoto também ressaltou em diversos momentos sua gratidão às pessoas responsáveis pelo TFD (Tratamento fora de domicílio):

“Quero agradecer a todos do Antônio Vieira que nos ajudam muito, principalmente o pessoal do transporte que, mesmo com a falta de carro para atender todo o município, sempre nos ajudou. A vida do Daniel foi salva várias vezes por eles. Todos sempre dispostos a nos atender com muito carinho e paciência. Só tenho que agradecer”, finalizou Neli.

Via: Jornal Tribuna

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