Álvaro Martins da Silva, de 56 anos, foi condenado a 16 anos de prisão pela morte da ex-mulher e do cunhado, em 2019, no Bairro Salomão Drummond em Araxá. O julgamento foi realizado na segunda-feira (9) na sede da Câmara Municipal. Conforme a sentença, inicialmente, a pena deve ser cumprida em regime fechado. O julgamento durou mais de cinco horas.
O crime
O crime foi na madrugada do dia 23 de junho, quando o acusado encontrou as duas vítimas dormindo juntas na mesma cama.
Maria do Socorro de Souza teria tido um relacionamento de três anos com o acusado. Segundo a polícia, o autor não aceitou o término do namoro e passou ameaçar a mulher caso ela se envolvesse com um outro homem.
Desconfiado do relacionamento de Maria com o cunhado dele, Francinaldo da Silva Sales, o acusado foi até a casa do homem e chamou, mas não obteve resposta. Depois de um tempo ele retornou, entrou na casa e viu as vítimas Francinaldo e Maria do Socorro dormindo na mesma cama.
Álvaro foi até o a cozinha, pegou uma faca e atingiu as duas vítimas, que morreram na hora.
Prisão
A PM contou que depois do crime, o pedreiro pegou um táxi rumo à delegacia para confessar os assassinatos. A motivação alegada foi a traição descoberta. O acusado chegou a ficar preso por quase um ano, mas foi solto, seguiu em liberdade provisória e até então aguardava o julgamento em liberdade.
Julgamento
O júri realizado na segunda-feira fez parte de uma série julgamentos que ocorrem em Araxá desde a semana passada.
Ao todo, são julgados até o dia 27 deste mês, 17 casos de crimes contra a vida. São homicídios e tentativas de homicídios que ocorreram na cidade nos últimos anos. O caso mais antigo é de 2002, e o mais recente de 2021.
Como são vários processos, os julgamentos ocorrem no Tribunal do Júri, no Fórum de Araxá e também na Câmara de Araxá. Quatro juízes presidem os julgamentos. São eles:
- Dimas Ramon Esper – juiz da 2ª vara criminal infância e juventude de Araxá
- Renato Zouain Zupo – juiz da 1ª vara criminal e de execuções penais de Araxá
- Claudio Henrique Cardoso Brasileiro – juiz de direito da comarca de Perdizes
- Ivana Fidelis – juíza da 2ª vara cível, criminal e de execuções penais de Sacramento
O objetivo, com o mutirão de julgamentos, é zerar os processos pendentes na comarca. Esse casos estão na primeira e segunda varas criminais.