Jornal da Cidade Regional

Prefeitura de Formiga diz que há um caso de caxumba confirmado e outro suspeito no município

Compartilhe:

Um caso de caxumba foi confirmado e outro é investigado no município de Formiga, segundo informações da Prefeitura nesta quinta-feira (1º). Os pacientes são adolescentes e ambos estão em acompanhamento com quadro clínico e estável.

Prevenção

Diante dos dois casos, a Prefeitura tem reforçado a importância de manter o calendário vacinal em dia como forma preventiva. A caxumba pode ser evitada com as vacinas tríplice e tetraviral, que estão disponíveis de forma gratuita em todos os postos de saúde.

“É importante toda a população manter o esquema vacinal completo. As pessoas que tiveram contato prolongado com os pacientes com caxumba devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa e atualizar o esquema vacinal”, orientou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Polliana Lacerda.

A vacina tríplice viral, também conhecida popularmente como vacina triviral, é uma vacina que faz parte do calendário de vacinação e que é administrada aos 12 meses de idade para proteger contra três doença virais: sarampo, caxumba e rubéola.

A vacina contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela, também conhecida como tetra viral ou tetravalente viral, é indicada para a vacinação de crianças com 15 meses de idade que já tenham recebido a primeira dose da vacina tríplice viral.

Segundo o Executivo, pessoas de 5 a 29 anos de idade não vacinadas ou com esquema incompleto devem receber ou completar o esquema de duas doses de tríplice viral, considerando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Pessoas de 30 a 59 anos de idade não vacinadas devem receber uma dose de tríplice viral. Trabalhadores da saúde, independentemente da idade, devem receber duas doses de tríplice viral.

Quais os sintomas da caxumba?

Segundo especialistas, a caxumba, ou parotidite infecciosa, costuma causar febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares e, às vezes, das glândulas sublinguais ou submandibulares – o que causa inchaço na região do pescoço e da mandíbula.

No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de um terço dos casos pode não apresentar sintomas. Mesmo assim, a doença é contagiosa, e é transmitida por gotículas de saliva expelidas no ar ou pelo contato direto com a saliva de pessoas infectadas.

Caxumba mata?

Segundo o Ministério da Saúde, a caxumba “é uma doença com uma taxa de complicações muito baixa e quase nunca fatal”. Os casos de complicações maiores ocorrem quando a doença provoca pancreatite (inflamação no pâncreas) ou encefalite (no sistema nervoso).

O tratamento é voltado para aliviar os sintomas.

A caxumba pode “descer”?

Sim. Em 20% a 30% dos casos, segundo o Ministério da Saúde, a caxumba pode afetar também as glândulas dos testículos, cerca de quatro a sete dias após o inchaço das glândulas no pescoço ou mandíbula. Esse tipo de inflamação se chama orquite.

No caso das mulheres acima de 15 anos de idade, pode ocorrer também a mastite (inflamação no tecido da mama), em cerca de 15% das ocorrências.

E em 5% das vezes, a doença causa ooforite, inflamação nos ovários. Os sintomas incluem febre e dor na parte inferior da barriga.

A caxumba já foi erradicada alguma vez no Brasil?

Não. É uma doença sazonal, o que significa que ela ocorre periodicamente. O país não tem dados consolidados sobre a doença, mas alguns estados costumam registrar a quantidade de surtos que ocorrem a cada ano.

Quem deve tomar a vacina?

O Ministério da Saúde recomenda que crianças de 12 meses a menores de 5 anos recebam uma dose de tríplice viral aos 12 meses e uma de tetra viral aos 15 meses.

Crianças de 5 a 9 anos que não foram corretamente vacinadas antes devem tomar duas doses de tríplice viral, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

Da mesma forma, pessoas dos 10 aos 29 anos que não foram vacinadas ou não têm certeza de que foram devem tomar duas doses da tríplice.

Pessoas de 30 aos 49 anos podem tomar apenas uma dose desta vacina. A partir desta idade, deve ser avaliada a necessidade da imunização caso a caso.

No caso específico da caxumba, mesmo que você já tenha sido corretamente vacinado quando criança, os médicos podem recomendar uma terceira dose da vacina tríplice viral se a escola, universidade ou ambiente de trabalho tiver um surto de caxumba.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *