Produtores do Alto Paranaíba foram premiados no Mundial de Queijo do Brasil, realizado em São Paulo, neste mês de setembro. Queijarias das cidades de Tapira e Santa Juliana ganharam medalhas de prata e bronze no 2º Concurso de Queijos e Produtos Lácteos, que fez parte do evento.
A disputa teve mais de 1.200 queijos de 12 países. De Santa Juliana, a queijaria Dona Cecília conquistou bronze nas categorias “maturação suave – 15 dias” e “meia cura – 25 dias”. Já o Queijo Três Irmãos, de Tapira, recebeu medalhas de prata e de bronze na categoria “mofo branco”, e medalhas de bronze nas categorias “curado” e “fresco”.
Santa Juliana
A queijaria Dona Cecília é administrada por Reginaldo José Lemes, que produz leite há mais de 30 anos. Porém, o empreendedor conta que só entrou no mercado de queijos em 2019, por conta da greve dos caminhoneiros.
“Como eu não tinha como e onde entregar o leite, comecei a produzir queijo. Foi quando surgiu a queijaria Santa Cecília”, explicou Reginaldo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/y/T/BKQO2JRgiuT3ffBDNFJw/whatsapp-image-2022-09-24-at-15.40.59.jpg)
De lá para cá, os queijos produzidos pelo produtor, com o apoio da esposa e da filha, já foram premiados em vários eventos em Minas Gerais e no Brasil. Para a família, é um indicativo que o negócio está seguindo na direção certa.
”Isso abre portas para o comércio. A gente consegue reconhecimento dentro do mercado e conseguimos também colocar um preço mais justo no nosso produto'”, explica.
Tapira
O “xará” de Reginaldo em Tapira tem uma história mais antiga com queijos. O primeiro contato com o produto veio em 2007, quando ele trabalhava como operador de máquinas e o patrão cedeu uma vaca para ajudar a família no sustento dos três filhos. A esposa dele aproveitou o leite para produzir queijos.
“No início, ela fazia e dava de presente. Depois passamos para duas vacas, três vacas e logo já fazíamos 60 queijos por dia”, afirmou Reginaldo.
Desde então, a família decidiu investir na área e conseguiu, no ano passado, conseguiu a certificação do queijo para participar de concursos. O negócio também recebeu apoio do Sistema da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).
“Para nós, foi maravilhoso. O que já estava bom, ficou melhor ainda. É muito gratificante ver o nosso produto ser premiado, melhorando a sua imagem perante o consumidor”, avaliou.