O jornalista de Divinópolis Wellington Carvalho mora na Flórida há quase 10 anos e relatou que vive momentos de medo e insegurança com a passagem Furacão Ian, que chegou ao estado na quarta-feira (28). Uma das principais medidas para enfrentar o período, segundo ele, foi guardar alimentos e água dentro de casa.
O furacão tem ventos de até 250 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) e foi elevado à categoria 4.
Wellington é jornalista em Orlando, onde mora com a esposa Ivelize e os dois filhos, uma bebê e um menino de 5 anos. No estado americano há quase 10 anos, ele já presenciou outras situações de fenômenos climáticos, mas diz que nada é igual à sensação de pânico que a família tem enfrentado atualmente.
”Já vivenciamos alterações climáticas por aqui, mas dessa vez o medo é muito maior. O furacão tem ganhado força e vai atingir o estado em uma proporção que pode provocar muitos estragos e fatalidades”, disse.
Ele contou à reportagem que uma das formas de se prevenir foi abastecer as dispensas com mantimentos e água. As janelas e portas tiveram que ser reforçadas com sacos de areia e lonas, que formam uma espécie de barreira para impedir que a água entre nas casas.
Do lado de fora ele relata ventos violentos, que podem arrastar até pessoas. Com a televisão ligada o tempo todo ele monitora os canais de notícias para saber a gravidade do furacão, que tem ganhado força.
”Estamos monitorando e torcendo para que ele perca força. Se Deus quiser vai passar sem provocar tragédias. É o que todos queremos neste momento. Precisamos manter a calma, inclusive para tranquilizar os nossos filhos, mas está muito difícil”, destacou.
Ian
Apesar dos cuidados, Orlando ainda não faz parte das cidades com maior alerta em relação ao furacão. Oito regiões do estado receberam ordem para sair de locais vulneráveis: Charlotte, Hillsborough, Lee, Levy, Manatee, Pasco, Pinellas e Sarasota. Moradores da costa do Golfo fecham casas e seguem para área mais altas. A tormenta levará muita chuva e ventos fortes.
No dia anterior, a tormenta atingiu Cuba, deixando a ilha inteira sem energia e duas pessoas mortas, além de vilarejos inundados. A tempestade devastou o extremo oeste da ilha com ventos e inundações.