Jornal da Cidade Regional

Formiga tem primeiro caso confirmado de varíola dos macacos

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Mais um caso de varíola dos macacos foi confirmado na região Centro-Oeste de Minas. Desta vez, o painel de monitoramento da doença atualizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontou registro em Formiga. Até o momento, oito casos foram confirmados na região.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Formiga informou que se trata de um homem de 38 anos que está em casa, sem sinais de gravidade e tem sido acompanhado pela Vigilância Epidemiológica.

Além do caso em Formiga, até o momento, outros registros da doença foram feitos em: Divinópolis (4) Bom Despacho (1), Nova Serrana (1) e Pará de Minas (1).

Na plataforma da SES-MG, até esta segunda-feira constam 540 casos confirmados em Minas Gerais e 314 suspeitas em investigação.

No Estado, forma confirmadas duas mortes pela doença. O primeiro paciente morreu em julho. Trata-se de um homem de 41 anos, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas. O segundo, é um jovem de 21 anos, residente em Pouso Alegre, com comorbidade.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Vacina e medicamento liberados

A Anvisa aprovou no final de agosto a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil.

Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA).

A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante já está aprovado nos Estados Unidos, Canadá e União Europeia.

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