Não durou mais do que algumas horas a fake news que dava conta de que o PL pediria a anulação da eleição deste ano junto ao TSE, informação desmentida na própria terça (15) pelo presidente nacional da sigla, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto.
A informação foi divulgada pelo site O Antagonista e se baseava em um documento, que tem o logo do partido político, e é assinado por Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL); seu vice Márcio Abreu; e pelo engenheiro Flávio Gottardo de Oliveira — os dois últimos são formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
De acordo com o Correio Braziliense, o relatório diz não ser “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015” e também diz que “para encontrar evidências de que este grupo de urnas não teria funcionado corretamente, foi realizada uma análise inteligente dos dados contidos nos arquivos Log de Urna de todos os modelos de urna eletrônica, utilizados nas eleições de 2022”.
O PL emitiu uma nota e afirmou que o resultado da fiscalização do partido termina apenas no mês de dezembro e desmentiu a informação com o seguinte texto: “Está em andamento. Ainda não foi divulgada qualquer versão final do relatório, temos estudos em andamento. A versão publicada pelo Antagonista é obsoleta e não está assinada por ninguém”.
A divulgação seria outra manobra diversionista para manter os milhares de manifestantes mobilizados na frente de quartéis as Forças Armadas, notoriamente no dia da Proclamação da República, quando houve grandes concentrações em Brasília, Rio e São Paulo para pedir a intervenção dos militares, o que vai de encontro à Constituição, por não concordarem com o resultado das urnas.
Prejuízo seria maior para o PL, principalmente em SC
Caso o PL conseguisse a anulação junto ao TSE, algo pouco provável, o único beneficiado seria o presidente Jair Bolsonaro, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já que todos os resultados dos primeiro e segundo turnos das eleições deste ano seriam descartados, um grande prejuízo, por exemplo, ao desempenho da sigla em Santa Catarina.
No Estado, que ostenta o título de mais bolsonarista do país, o PL elegeu o governador Jorginho Mello – o mais votado nominalmente da história, a vice Marilisa Boehm, o senador Jorge Seif, seis deputados federais e 11 estaduais, embora não haja dúvida da força do 22 em uma nova eventual eleição.