Escrito por Ana Carolina Ávila
A Polícia Federal (PF) negou, na última segunda-feira (09), que uma idosa tenha morrido após ter sido detida no acampamento bolsonarista no Quartel-General do Exército em Brasília. Cerca de 1,2 mil pessoas foram retiradas do local durante a manhã e levadas ao ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal.
O desmonte do acampamento de bolsonaristas radicais foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A informação sobre o suposto óbito da idosa se espalhou pelas redes sociais. A foto que circula pela internet, na verdade, está disponível em um banco de imagens gratuito. Ao jornal “O Globo”, o autor da fotografia, Edu Carvalho, disse que ela está sendo usada indevidamente. A imagem retrata a sogra de Edu, Deolinda Tempesta Ferracini, que faleceu em novembro de 2022, devido a um acidente vascular cerebral (AVC).
O boato repercutiu ainda mais, após a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), fazer um discurso no plenário da Câmara dos Deputados, na noite de segunda-feira (09). “Acabo de receber uma notícia de que uma senhora veio a óbito hoje nas dependências da Polícia Federal. Não foi nas dependências da PM, não. Falo de uma senhora a quem foi negado comida e água e que, depois de horas, e horas, e horas a fio sendo destratada e descuidada, veio a falecer”, disse.
A parlamentar chegou a afirmar que o boato havia sido confirmado pela Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF), mas logo após a informação ser desmentida, ela disse que cometeu um “equívoco”.