Jornal da Cidade Regional

Mulher vai dar à luz e sai com mão amputada de hospital

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Escrito por Ana Carolina Ávila

Uma jovem de 24 anos se internou no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para dar à luz de parto normal. No entanto, ela teve uma hemorragia logo após o procedimento, e teve sua mão esquerda amputada. Após três meses do ocorrido, a mulher tenta entender tudo o que aconteceu. 

Sem ter o diagnóstico do que levou a retirada do membro, a jovem tenta se adaptar a uma nova rotina com os filhos, duas crianças de 8 e 4 anos, e o bebêm de 3 meses. Em entrevista a TV Globo, ela contou que precisou ter cuidado com as crianças mais velhas para que eles não pensassem que a mãe estar sem um dos membros fosse por causa do caçula.  

Além disso, ela conta com a ajuda da mãe e do marido para superar esse momento difícil e ajudar nas tarefas básicas do dia-a-dia. 

O caso 

A jovem de 24 anos, que não quis ser identificada, se internou no Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá em outubro do ano passado, para dar à luz de parto normal ao terceiro filho. Ela teve uma hemorragia logo após o procedimento, chamada inversão uterina, e recebeu um acesso venoso na mão esquerda. 

O local do acesso inchou e ficou roxo. O único cuidado aplicado no local, de acordo com a família, foi uma bolsa de gel quente que, em dado momento, chegou a queimar a jovem. Em seguida ela foi transferida para o Hospital da Mulher Intermédica de São Gonçalo, da mesma rede, onde tinha um CTI esperando por ela. 

No hospital, foi constatada a gravidade do problema, com possível quadro de trombose, que nunca foi confirmado, e foi preciso amputar o membro para salvar o braço. 

Contudo, a jovem precisou voltar ao hospital após 45 dias do parto e já sem a mão, para se submeter a uma curetagem, porque o hospital teria esquecido algum material dentro do corpo. 

A família acionou uma advogada que já entrou na Justiça contra a unidade de saúde e registrou um inquérito na 41ª DP (Tanque) para dar início às investigações. A advogada informou que vai pedir reparação de dano estético, dano moral e material.  

Em nota, o Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá informou que se solidariza com a vítima e lamenta o ocorrido. Ademais, a unidade afirmou que está investigando o caso e vai apurar os procedimentos adotados durante o atendimento da jovem.  

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