A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira que a Covid-19 não é mais uma emergência sanitária global. A chamada ESPII (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) estava em vigor desde 30 de janeiro de 2020. Um comunicado da própria organização explica, no entanto, que a pandemia relacionada ao coronavírus ainda segue. “É com grande esperança que declaramos que a covid-19 não é mais uma emergência global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
Neste período, o mundo registrou 765 milhões de casos e 6,92 milhões de mortes. As primeiras variantes do vírus Sars-CoV-2 (Alfa, Gama e Delta) provocaram ondas com altos números de óbitos em diversos países, incluindo o Brasil.
Com o surgimento e aplicação das vacinas, o aparecimento da variante ômicron, no fim de 2021, elevou o número de casos a patamares inéditos, mas sem impactar significativamente em hospitalizações e mortes em locais onde a cobertura vacinal estava boa.
Em pronunciamento ontem, ao abrir a reunião de especialistas que decidiriam sobre a continuidade ou não da pandemia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já havia sinalizado a necessidade de “virar a página”.
“Por mais de um ano, a pandemia está em tendência de queda, com a imunidade da população aumentando devido à vacinação e infecção. A diminuição da mortalidade e a pressão sobre os sistemas de saúde nesta tendência permitiram que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes da Covid-19”, afirmou Tedro.
O chefe da OMS ressaltou, todavia, que “isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global”. Ele destacou que mortes continuam ocorrendo no mundo, razão pela qual decidiu usar uma disposição do Regulamento Sanitário Internacional nunca utilizada antes, “para desenvolver recomendações permanentes de longo prazo para os países sobre como gerenciar a Covid-19 de forma contínua”.
Fonte: Jornal da Cidade / Correio do Povo