Uma extensa investigação policial resultou na prisão de um homem, de 59 anos, especializado em furtar acordeons de idosos em várias cidades de Minas Gerais e no Rio de Janeiro.
O suspeito, que dirigia um carro registrado em nome de sua esposa, foi detido na residência dele, na cidade de Rio Manso, região Central de Minas, na última quinta-feira (14/9), após a emissão de um mandado de prisão preventiva.
Conforme investigações conduzidas pela equipe da Delegacia de Polícia Civil 2 em Bonfim, o homem percorria diferentes municípios do estado, obtendo informações junto aos moradores locais sobre idosos proprietários de acordeons. Ele então alegava querer adquirir instrumentos musicais ou convidava as vítimas para tocar em festas tradicionais, como folias de reis.
Após obter as informações necessárias, o suspeito dirigia-se até a residência dos proprietários dos acordeons e criava histórias convincentes para conseguir que lhe emprestassem o instrumento. Dentre as desculpas apresentadas às vítimas, ele frequentemente alegava que precisava do acordeon emprestado para “tocar um parabéns para o pai que estava com a perna amputada” e prometia devolvê-lo em breve. Para dar credibilidade às histórias, o investigado utilizava o nome de outros sanfoneiros locais, obtidos por meio das informações fornecidas pelos moradores das cidades.
“Devido à simplicidade das vítimas, muitas delas idosas, e à crença de que estavam falando com conhecidos, elas acabavam cedendo e entregando seus acordeons ao investigado. Em alguns casos, o criminoso pedia um copo de água às vítimas e, enquanto elas saíam para buscar, furtava o instrumento. Caso a vítima se recusasse a entregar o instrumento musical e a subtração não fosse possível, o investigado recorria à violência física e ameaças para obter o bem”, detalha o delegado do caso, Alfredo Resende Coelho.
As investigações revelaram, ainda, que o investigado vendia os instrumentos roubados para um receptador que possuía uma loja de venda e conserto de acordeons na Tijuca, no Rio de Janeiro. Transações financeiras no valor de R$ 7.300 entre o receptador e o investigado foram identificadas por meio de Pix.
F: Jornal da CIdade/Arcos Notícias
