Daniel Alves foi condenado nesta quinta-feira (22) a quatro anos e seis meses de prisão por ter agredido sexualmente uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, no final de 2022.
A sentença veio duas semanas depois ao fim do julgamento. A defesa do ex-jogador de Barcelona, Paris Saint-Germain, Juventus, São Paulo e seleção brasileira afirmou que irá recorrer da decisão da primeira instância no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e no Supremo Tribunal da Espanha.
“Neste momento só posso dizer que vamos recorrer da sentença. Continuo acreditando na inocência do Sr. Alves. Tenho que estudar a sentença, mas posso adiantar que vamos recorrer. Alves está inteiro. Como vocês entenderão, quatro anos e seis meses é melhor que os nove e 12 que a acusação pedia, mas acredito na inocência do Alves e vamos recorrer. Defenderemos sua inocência até o fim”, disse Inés Guardiola, advogada de defesa do brasileiro.
Até lá, Daniel Alves seguirá preso. A condenação feita pela juíza Isabel Delgado na 21ª Seção de Audiência de Barcelona inclui uma pena de liberdade condicionada de cinco anos a ser cumprida após a pena.
Além disso, o ex-lateral-direito terá de ficar nove anos afastado da vítima, pagará uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil) à mulher e as custas do processo.
Daniel Alves chegou ao local por volta das 10h (6h de Brasília). Na hora da leitura da sentença, além do ex-lateral, estavam presentes a promotora, Elisabet Jiménez; a promotora e advogada da denunciante, Ester García; e a defesa e advogada de Daniel, Inés Guardiola.
“A sentença considera que está provado que a vítima não consentiu, e que existem provas, além do depoimento do autor, para considerar provada a violação”, afirmou o Tribunal, em comunicado.
“Estamos satisfeitos porque a sentença reconhece o que temos dito o tempo todo: que a vítima estava dizendo a verdade e que sofreu”, disse o advogado da vítima, David Saenz, aos repórteres após a sentença.
O julgamento de Daniel Alves durou três dias e teve fim no dia 7 de fevereiro, quando o ex-atleta prestou depoimento, tendo a participação de 28 testemunhas, incluindo Lucia Alves, mãe do ex-jogador. Na ocasião, Daniel Alves chorou muito e afirmou que o sexo havia sido com consentimento.
A defesa do ex-jogador havia pedido absolvição e a liberdade condicional, enquanto os advogados de defesa da vítima solicitou 12 anos de prisão. O Ministério Público da Espanha pediu nove anos.