Com oito dos 12 casos suspeitos em investigação no país, o estado intensifica ações de prevenção para conter a disseminação da Influenza Aviária, com foco em aves de subsistência.
Minas Gerais tem sido o centro das atenções no cenário da gripe aviária no Brasil. De acordo com a atualização mais recente da Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no último domingo, 1º de junho, o estado concentra oito dos 12 casos suspeitos de gripe aviária atualmente em investigação em território nacional.
Situação em Minas Gerais
As suspeitas em Minas Gerais envolvem majoritariamente aves de subsistência, ou seja, aquelas criadas em ambiente doméstico. Cidades como Bom Despacho, Divinópolis, Lagoa da Prata, Mateus Leme, Novo Cruzeiro e Ribeirão das Neves estão com casos sob investigação. Além disso, há apurações em andamento com aves silvestres em Belo Horizonte e Santo Antônio do Monte.
Cenário Nacional e Medidas de Prevenção
Além de Minas Gerais, outros estados também possuem casos em apuração, como Quixeramobim (CE), Itajuípe (BA) e Brasília (DF). A única suspeita que afeta uma granja comercial está localizada em Anta Gorda (RS).
Em nota oficial, o governo de Minas Gerais informou que está trabalhando em parceria com o Mapa, intensificando as ações de prevenção e controle sanitário. O objetivo principal é conter a disseminação da Influenza Aviária no estado. Até o momento, o governo ressaltou que a produção avícola mineira não foi comprometida pelos casos suspeitos.
Histórico da Gripe Aviária no Brasil
Desde a primeira notificação oficial da doença no Brasil, em maio de 2023, o país já realizou mais de 2.500 investigações de possíveis focos de gripe aviária. Desse total, 170 casos foram confirmados, sendo a grande maioria em aves silvestres. Apenas três casos foram confirmados em criações domésticas e um único caso em granja comercial, localizado em Montenegro (RS).
É fundamental lembrar que a gripe aviária H5N1 é de notificação obrigatória e imediata. Qualquer suspeita da doença deve ser comunicada com urgência ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). O alerta é especialmente direcionado a produtores rurais, técnicos, prestadores de serviço e demais profissionais que atuam no setor avícola, para garantir a rápida identificação e contenção de possíveis focos, protegendo a saúde animal e a produção.
