Com uma temática sensível e que promete emocionar os espectadores, o curta-metragem “Vento Frio do Norte”, produzido no Centro-Oeste de Minas, já tem exibição confirmada em um festival de Paris, em novembro.
Antes da França, o filme será lançado oficialmente na segunda edição do Festival de Cinema de Lagoa da Prata, que acontece em outubro. Também são aguardadas seis aprovações em festivais.
Dirigido por Cristian Felipe, que é de Lagoa da Prata, o filme conta com parceria de uma equipe de Divinópolis.
A ideia do curta-metragem é ressignificar perdas, fazendo com que as pessoas tenham um olhar diferente. O filme mostra a história de uma mulher, que tem uma filha, sinônimo de amor maior e felicidade da família. Elas moram em uma casa isolada e, certo dia, a filha encontra um pássaro ferido no quintal, corre até ele e pergunta à mãe se pode pegá-lo. No entanto, quando a mãe olha em direção à filha, a menina simplesmente some e ela só vê o pássaro ferido.
Tomada pela dor instantânea do desaparecimento da filha, essa mulher passa a travar uma batalha contra si mesma, suas dores e angústias de não ter mais a filha por perto. A casa onde ela mora se transforma em uma verdadeira gaiola, sendo necessário que ela saia e se ressignifique.
“Tenho dito que se trata de uma temática transcendental, que vai além do final do filme. É uma produção feita justamente para nos estimular a pensar, embasar discussões, debater mesmo o sentido da vida, bem como as nossas dores e memórias”, ressaltou o diretor Cristian Felipe.
“Há muito tempo venho percebendo que as pessoas não se libertam de si e ficam aprisionadas ao passado, com a dor da perda de um ente querido. O filme vem justamente para mostrar que precisamos ressignificar o passado, as perdas e seguir no caminho da vida”, completou.
Fonte: Jornal da Cidade / G1