Jornal da Cidade Regional

‘Só deu tempo de olhar e estourou’, diz testemunha que viu queda de avião que matou 7 em MG

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A queda do avião que matou sete pessoas em Itapeva (MG) foi vista pelo cuidador de uma chácara que fica nas proximidades do local em que a aeronave caiu, no domingo (28). De acordo com ele, após “ouvir um barulho”, só teve tempo de “olhar e estourou”.

“Ouvi um barulho muito forte e estranho. Quando vi, pensei mesmo que poderia ser um avião, alguma coisa assim. Mas, quando olhei para o morro, já vinha rodando. Foi muito rápido. Em um piscar de olhos. Só deu tempo de olhar e caiu de barriga, e estourou”, relembrou Edilon Faustino, em entrevista.

O cuidador destacou, ainda, que percebeu que o avião já estava sem asas quando conseguiu vê-lo no céu. Além disso, Edilon falou que correu para ajudar e “ver se tinha alguém vivo”.

“[O avião já estava] sem asas, que já tinham caído. Corri lá para tentar ver se tinha força para salvar alguém, para ver se tinha alguém vivo. Mas não tinha não”, disse.

O acidente
O avião caiu na manhã deste domingo (28) no Bairro Monjolinhos, na zona rural de Itapeva. De acordo com o Corpo de Bombeiros, antes da queda, a aeronave se desintegrou no ar. Sete pessoas estavam na aeronave, sendo cinco passageiros e dois tripulantes. Todos morreram.

A aeronave saiu do Aeroporto dos Amarais, em Campinas (SP), às 10h09, com destino a Belo Horizonte (MG). O avião, modelo Piper PA46, chegou ao Campo dos Amarais na sexta-feira (26), às 12h48, e permaneceu em hangar particular.

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Entre as vítimas estavam dois empresários. Um sócio deles explicou que as famílias estavam em Campinas, na semana passada, para uma premiação. Antes de voltarem a Belo Horizonte, decidiram passar o fim de semana na chácara de um amigo, em Itu (SP).

Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave de matrícula PS-MTG foi fabricada em 1996 pela Piper Aircraft, é registrada como uma aeronave de serviço aéreo privado e não possui permissão para realizar táxi aéreo. Ela estava com situação normal para aeronavegabilidade.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, antes da queda, a aeronave se desintegrou no ar. A médica-legista que esteve no local para remoção dos corpos informou que aeronave se partiu em três fragmentos maiores e outros menores. Os destroços foram encontrados em um raio de 1 km de distância, segundo os Bombeiros.

Até o momento não há informações precisas sobre as circunstâncias do acidente. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado e vai conduzir os trabalhos.

As vítimas

Sete pessoas estavam na aeronave, sendo cinco passageiros e dois tripulantes. Todos morreram.

As vítimas são:

Marcílio Franco da Silveira, 42 anos: Empresário e marido de Raquel. Marcílio era o fundador da Credfranco e Presidente da Anec. Marcílio será velado e sepultado em Belo Horizonte junto com a esposa e o filho.
Raquel Souza Neves Silveira, 40 anos: Esposa de Marcílio. Raquel será velada e sepultada em Belo Horizonte junto com o marido e o filho.
Antônio Neves Silveira, 2 anos: Filho de Raquel e Marcilio. Antônio será velado e sepultado em Belo Horizonte junto com os pais.
André Rodrigues do Amaral, 40 anos: Empresário. André era Conselheiro Administrativo da ANEC e sócio de Marcílio na Credfranco. André vai ser velado e sepultado em Carmópolis de Minas (MG), cidade natal dele, junto com a esposa.
Fernanda Luísa Costa Amaral, 38 anos: Esposa de André. Fernanda vai ser velada em Carmópolis de Minas junto com o marido.
Geberson Henrique Tadeu Chagas Pereira: Piloto.
Gabriel de Almeida Quintão Araújo, 25 anos: Copiloto.

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