Ágata atravessou a rua, ficou parada em frente ao animal e ele se levantou. Em seguida, ele pulou em cima dela, que caiu no chão, mas o cachorro não a mordeu.
A irmã de Ágata, de 11 anos, atravessou a rua depressa para socorrer a menina. A mãe das crianças conseguiu segurar o cachorro, momento em que a irmã arrastou Ágata para a calçada.
Ao g1, o pai da menina, Marcos Vinícius Meireles Oliveira, disse que o cão chegou a encostar a boca na cabeça da criança, mas não mordeu.
“Foi só um susto terrível e ela não se machucou. Deus abençoou e evitou uma tragédia. Sabemos que serão alguns dias de trauma, mas estamos aliviados de não ter tido nenhum ferimento”, disse Marcos, que afirmou que não foi necessário ligar para o Corpo de Bombeiros ou o Samu.
Instinto animal
Alessandro Adami, adestrador de cães há mais de 20 anos, analisou as imagens a pedido do g1. Ele disse que, embora tenha sido um susto, a intenção do cão naquele momento não foi de ataque, mas, sim, de dominância.
“O cachorro agiu pelo instinto animal de dominar a criança. Ela se aproxima dele e possivelmente ele vê algo nela que chama atenção, pode ser a mochila, ou algo que ela tenha nas mãos. Então, parte para cima na intenção de dominar, mas não de atacar. O Pitbull é um cão dominador. Se este cão que aparece nas imagens fosse agressivo, ele teria mesmo mordido a menina, e aí seria uma tragédia”.
Cão escapou, diz tutor
Foi o pai de Ágata quem pegou o cachorro e o levou para uma Organização Não Governamental (ONG) de proteção animal.
A responsável pela ONG, Simone Cardoso, disse que já havia recebido ligações informando que o mesmo cão circulava pela cidade há algum tempo.