Jornal da Cidade Regional

Benjamin Constant “Patrono ou Fundador da República”

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A quem Teixeira Mendes, líder intelectual do Positivismo no Brasil, chamou de Fundador da República, o sábio, gênio e magnífico professor de matemática.

A vinda de D. João VI e a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Angola nada mais foi que o reconhecimento do estado de coisas existente a muito tempo. Inicialmente, não foi o Brasil que se separou de Portugal, D. Pedro I e seus amigos viviam falando da monarquia e nas desordens do reino. Não foi por acaso que D. Pedro I abdicou do Império a seu filho e o reino a sua filha. Logo o Império Brasileiro nada mais foi que o prosseguimento da velha monarquia portuguesa.

Benjamin Constant, seguidor da filosofia do positivista de Augusto Comte e do espiritismo de Alan Kardec, chefe teórico do movimento republicano, ocupava na época o ministério da Instrução Publica dos Correios e Telégrafos.

Ele foi um formador do ambiente mental que produziu a República. Seus alunos eram verdadeiros discípulos, assim como uma boa parte da nova geração de oficiais do exército tinha sua estreita admiração. Podemos afirmar que a influência de Benjamin no seio do exército a causa da Proclamação da República no dia 15 de Novembro de 1889.

Segundo Teixeira Mendes no Esboço Biográfico de Benjamin Constant, ele era um ótimo professor, de qualidades pedagógicas indiscutíveis, que o fizeram querido e amado por seus discípulos; tendo suas ideias republicanas enorme influência na Escola Militar, porém como não deixou obra escrita não podemos fazer um juízo seguro de seus conhecimentos. ‘’ Há grande diferença entre um filósofo e um professor de filosofia’’.

A questão religiosa, estabelecida na constituição imperial, levantada por Feijó era nocivo a igreja, pois pretendia separar a igreja brasileira da sé romana, e a luta entre D. Vital e a maçonaria com consequências desastrosas na constituição republicana.

A propaganda realizada pelo Partido Republicano e a repercussão da abolição da escravatura nos meios agrícolas, passaram a repercutir nos fazendeiros que começaram a terem má vontade com a família imperial.

A população do Rio no dia 17 de novembro saudou pela primeira vez o deviso positivista – Ordem e Progresso – escrito na bandeira, em substituição a cruz da Ordem de Cristo, pois uma república não pode ter símbolos religiosos em sua bandeira, sendo que o cruzeiro do sul representaria o passado católico.

Depois de 15 de novembro de 1889, começou o canto de cisne do Brigadeiro Benjamin com sua ação administrativa no governo provisório no qual entra em conflito com o intelectual Rui Barbosa, Ministro da Fazenda e com o Marechal Deodoro.

Adoecendo gravemente, abandonou a vida pública e foi morrer descontente em Santa Tereza-RJ.

Geraldo Ló.

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