As contas de luz terão bandeira verde para todos os consumidores a partir de 16 de abril, anuncia o Ministério de Minas e Energia. O comunicado feito na última quarta-feira (6) considera que a redução nas contas pode chegar a 20%. Vale lembrar que o impacto para o consumidor deve chegar a partir de maio, já que as cobranças do serviço são feitas em um mês, com base no uso do mês anterior.
Consumidores residenciais pagam até abril o excedente de R$ 14,20 a cada 100 kw/h utilizados, o que é a bandeira de escassez hídrica. O Brasil vivenciou em 2021 a pior crise hídrica dos últimos 90 anos e para lidar com as dificuldades no fornecimento acionou as termelétricas e comprou energia do exterior, o que encareceu o serviço e gerou a nova bandeira. A previsão é que ela seria usada até 30 de abril, data que foi antecipada pelo Ministério.
O motivo da bandeira verde entrar em vigor em 16 de abril é a melhora dos níveis dos reservatórios. Segundo o Ministério, “com o esforço dos órgãos do setor, o país conseguiu superar esse desafio (da crise hídrica), os reservatórios estão muito mais cheios que no ano passado e o risco de falta de energia foi totalmente afastado”. O reservatório de Furnas fechou março acima de 80% do volume útil. A situação hídrica chegou ao ponto de gerar o fechamento da hidrovia Tietê-Paraná, por sete meses, mas, a ela já está em operação novamente.
Bandeira Verde pode durar até fim do ano
A bandeira verde pode melhoria dos reservatórios e demais ações ajudaram a reduzir o impacto da crise hídrica, cita o Ministério. O uso das termelétricas foi reduzido com as chuvas do início de ano e ações do Governo Federal, acrescenta. A previsão é que com essas medidas e o aumento da produção das hidrelétricas e fontes eólica e solar há redução de custos entre maio e novembro, período seco. Consequentemente, os valores também caem para o consumidor.
Ao reduzir os custos o Governo Federal antecipou o término da bandeira mais cara. “Com a manutenção das atuais condições de chuva, a perspectiva é de bandeira verde até o final do ano”, salienta o Ministério.