Jornal da Cidade Regional

Golpe do ‘falso cartão clonado’ cresce em Arcos e região

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Cuidado com o Golpe. Em sequência a nossa série de matérias para alertar sobre os golpes mais comuns atualmente, falaremos agora sobre o “Golpe do Falso Cartão Clonado” ou “Golpe do Motoboy”, que tem sido bem frequente em Arcos e em várias cidades da região.

Segundo o delegado de Polícia Civil em Arcos, Dr. Patrick Carvalho, pessoas já foram pegas em flagrante, praticando esse golpe aqui no município.

“Entre as modalidades do golpe de estelionato, o golpe do ‘falso cartão clonado’ é uma modalidade recorrente aqui na cidade de Arcos, com vários registros, várias tentativas e várias consumações do fato. O ano passado a gente conseguiu fazer uma abordagem em flagrante de uma adolescente que estava praticando esse golpe em conjunto com outras pessoas, realizamos a apreensão dos materiais, conduzimos para a Delegacia, mas, não era um fato isolado. E mesmo após a apreensão e divulgação pela mídia, ainda continua tendo esse tipo de golpe aqui na cidade.

Como funciona o golpe?

Neste golpe, o estelionatário se passa por um falso funcionário de banco, liga para a vítima – normalmente pessoa idosa – e diz que o cartão bancário foi clonado ou fraudado, e que outras pessoas tentaram fazer compras nele, sendo então necessário o seu bloqueio.

“E um possível gerente de banco, todo solícito, te orienta dizendo que ele vai bloquear o seu cartão para evitar novas tentativas de compra. Então você acaba ficando feliz e satisfeito porque o banco te alertou e está te ‘ajudando’, até porque a pessoa vai se identificar como gerente do banco do seu cartão de crédito e isso passa mais credibilidade”.

Dr. Patrick explicou que para parecer algo lítico, o falso funcionário do banco (estelionatário) diz que um motoboy do banco vai ir até a sua residência para pegar o cartão e destruir, para depois te enviar um novo cartão. “Então, chega alguém em sua casa, pode ser uma pessoa de boa-fé, um moto-taxi local, ou pode ser uma pessoa que já está participando do golpe. Ele vai e pega o seu cartão e a partir desse momento ele tem acesso a todos os dados necessários para que ele possa fazer compras virtuais”, explicou.

“[…] Nunca entregue um cartão a uma pessoa que chegar em sua residência, não existe isso, pois, não é um procedimento padrão dos bancos” – Dr. Patrick Carvalho

Perguntamos ao Dr. Patrick sobre como as pessoas poderiam evitar de cair nesse golpe. Em resposta ele disse: “ A forma mais interessante de você conseguir notar um golpe nesse sentido é não entregar o seu cartão de crédito pra ninguém. E os dados do seu cartão de crédito não devem ser passados por telefone. Se você tem conta em algum banco local e ligam pedindo o seu cartão, a melhor medida a se tomar é você comparecer pessoalmente na agência e relatar tudo o que aconteceu, porque se for um golpe as pessoas do próprio banco já vão te avisar e ajudar”.

Ele explicou que, qualquer contato que um banco faça por telefone, a pessoa já tem que desconfiar e pressupor que possa ser um golpe. Com isso, sempre que houver uma suspeita a pessoa deve procurar diretamente o seu banco e também a Polícia Civil ou Militar.

“Se for uma pessoa idosa e que não está entendendo muito bem, é melhor ligar para um filho ou um familiar de confiança e relatar o que está acontecendo. E nunca entregue um cartão a uma pessoa que chegar em sua residência, não existe isso, pois, não é um procedimento padrão dos bancos. Então, qualquer contato de forma externa provavelmente é um golpe”.

Veja abaixo, outras dicas que estão no site da Polícia Civil:

– Explique esse tipo de golpe aos idosos da família e os oriente em relação às medidas de prevenção;

– Tenha em mente que nenhuma instituição bancária solicita o cartão – de débito ou crédito – de volta ou fornece serviço para ir retirá-lo na sua residência/comércio;

– Caso alguém, se passando por funcionário do banco, ligar para você e adotar a postura acima elencada, desligue imediatamente o telefone e não o atenda caso volte a ligar;

– Em caso de dúvida, faça contato com o seu gerente do banco;

– Quando for quebrar qualquer cartão bancário, certifique que também cortou o chip.

O que fazer se for vítima?

– Anote todas as informações, como: nome, meios de contato do falso funcionário do banco (estelionatário) que fez contato com você, em especial os números dos telefones;

– Separe eventuais áudios gravados (por meio de aplicativos) e/ou tire print dos eventuais diálogos mantido com o falso funcionário do banco;

– Separe eventuais imagens do circuito interno de câmeras da sua residência/comércio e/ou peça as imagens do circuito interno de câmeras para seus vizinhos conhecidos, ou ainda, anote o endereço dos locais em que tem câmera no entorno de onde foram buscar o cartão bancário (sua residência, seu comércio, seu local de trabalho, etc.);

– Anote os dias, hora e local em que estava quando conversou com o estelionatário;

– Procure uma Delegacia de Polícia Civil mais próxima, leve todo o conteúdo descrito acima e registre um Boletim de Ocorrência.

Via: Portal Arcos.

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