Jornal da Cidade Regional

Justiça decreta prisão preventiva de empresário por suspeita de torturar e matar funcionário em Araxá

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A Justiça decretou a prisão preventiva do empresário suspeito de agredir, torturar e matar um funcionário de 31 anos em Araxá. Na tarde da última quinta-feira (29), as buscas ainda eram realizadas para tentar prendê-lo.

Na noite de última segunda-feira (27), segundo a Polícia Civil, o empresário e outros dois funcionários torturam e mataram a vítima que também trabalhava com ele, após desconfiar de furtos cometidos na empresa, que atua no ramo da construção civil.

De acordo o delegado da Polícia Civil, Vinicius Ramalho, a intenção dos três agressores era dar um ‘susto’ no rapaz que morreu. Um outro homem de 37 anos também foi vítima das agressões.

“Até agora, pelo que apuramos, uma infundada suspeita. Ele junto dos outros dois autores, que são funcionários da empresa, localizaram esse indivíduo, que vive praticamente em situação de rua, é usuário de crack, de bebida alcoólica, o levaram até um barracão dessa empresa e lá praticaram ato de tortura com ele”, detalhou o delegado.

Outra questão que será investiga são alguns materiais colhidos na caçamba do veículo utilizado para levar a vítima até o galpão onde o crime ocorreu. A suspeita é que sejam vestígios de sangue humano, mas essa hipótese só será confirmada após exames.

Envolvidos

Além do dono da empresa, dois funcionários também participaram do crime. Eles foram presos em flagrante na UPA, quando chegaram com a vítima, e ouvidos na terça-feira (28) pela Polícia Civil, confessando a participação.

”Os 3 tiveram participação na tortura, ainda que mínima, para conter, ameaçar, constranger, mas um deles que é o empresário, que é o indivíduo foragido. Ele determinou como tudo ocorreria”, detalhou.

Os dois detidos também serão qualificados pelo crime. As buscas seguem para localizar o empresário foragido, de acordo com o delegado Vinicius Ramalho.

”A pessoa mais interessada em descobrir quem teria subtraído o bem é ele [o empresário], no nosso entender, o cabeça do crime horrível que a gente presenciou”, finalizou .

Materiais utilizados para amarrar vítima de tortura em Araxá — Foto: Polícia Civil/Divulgação
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