Jornal da Cidade Regional

SES-MG confirma casos de varíola dos macacos em Pará de Minas e Formiga

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Pará de Minas e Formiga confirmaram os primeiros casos de varíola dos macacos, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta segunda-feira (19) na plataforma que acompanha a evolução da doença no Estado. Na região, Divinópolis tem dois registros, Bom Despacho e Nova Serrana seguem com um caso cada.

Os pacientes são dois homens de 34 e 35 anos.

Com os dois novos registros, subiu para seis o número de casos confirmados na região Centro-Oeste de Minas: o primeiro caso foi confirmado em Bom Despacho e o segundo em Nova Serrana, os últimos dois em Divinópolis.

Na plataforma da SES-MG, até esta segunda-feira (19), constam 447 casos confirmados em Minas Gerais e 776 suspeitas em investigação.

Um caso confirmado que estava em acompanhamento hospitalar para monitoramento de outras condições clínicas graves morreu em julho. Trata-se de um homem de 41 anos, residente em Belo Horizonte e natural de Pará de Minas.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.

A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Vacina e medicamento liberados

A Anvisa aprovou no final de agosto a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil.

Profissional prepara dose da vacina contra a varíola dos macacos (monkeypox)  — Foto: Phil Nijhuis/ANP/AFP

Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA).

A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante já está aprovado nos Estados Unidos, Canadá e União Europeia.

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