A empresa Furnas Centrais Elétricas S.A foi multada pelo Estado de Minas em quase R$ 300 milhões devido a falta de manutenção do canal de fluxo do Rio Piumhi, em Capitólio. A estrutura, que seria responsável pela drenagem das lagoas do rio, não funciona do jeito correto.
Com isso, lagoas próximas ao perímetro urbano transbordaram, causando alagamentos no dia 11 de janeiro. A situação atingiu 46 casas, deixando 84 pessoas desalojadas e 4 desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil.
Na segunda-feira (23), uma equipe da Superintendência de Meio Ambiente do Alto São Francisco (Supram-ASF) esteve em Capitólio. Após a visita, foi constatado que parte da cidade ainda estava alagada, incluindo canais de coleta de esgoto, causando vazamento do material para as vias e ações elevatórias.
Representantes da Prefeitura afirmaram que a limpeza da estrutura, conforme condenação na Ação de Obrigação de Fazer, movida pelo Município de Capitólio, é de responsabilidade da Furnas Centrais Elétricas.
Além disso, os servidores informaram que a última limpeza feita no canal foi em 1986, demonstrando a indiferença da empresa sobre drenagem do excedente de água pluvial que chegou até o lago.
Para o Estado, a resolução do problema depende de obras de desassoreamento e desobstrução do local. Sem essas obras, é estimado que o nível da água no centro de Capitólio volte ao normal apenas após o período de estiagem. Além disso, a situação pode se repetir, causando transtorno para a população novamente.
Ao g1, a Furnas Centrais Elétricas S.A. informou que a limpeza de parte do canal de fluxo do Rio Piumhi terá início no dia 1º de fevereiro.