Jornal da Cidade Regional

Homem que ficou 21 anos foragido após matar companheira é condenado; assassino foi preso em Arcos

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O Tribunal do Júri de Cachoeira Alta (GO) condenou Sebastião Vieira da Silva a 25 anos de prisão pelo homicídio de sua então companheira, Almerinda Helena Miranda. O crime ocorreu na madrugada de 23 de setembro de 1999, a golpes de faca, no interior do imóvel em que o casal morava. Após o fato, o réu ficou foragido por 21 anos.

O promotor de Justiça Lucas Otaviano da Silva foi o responsável pela acusação. A sessão foi presidida pelo juiz Filipe Luis Peruca e o réu teve como defensor Mozar Ribeiro.

Depois de cometer o crime, Sebastião Vieira da Silva fugiu e foi capturado, em 23 de abril deste ano, em Arcos (MG), em cumprimento a mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário.

A denúncia foi oferecida, em 27 de dezembro de 1999, pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Otoni e recebida pela Justiça em maio de 2003. Na ocasião, foi designado o interrogatório e o réu citado via edital.

Ao decretar a prisão preventiva de Sebastião Vieira da Silva, a Justiça determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional. O caso foi retomado pelo Poder Judiciário após a prisão.

Convivência do casal era marcada por desavenças

De acordo com a denúncia, Sebastião Vieira da Silva mantinha relacionamento com Almerinda Helena Miranda, mas a convivência do casal não era muito boa, tendo a vítima relatado à Polícia Militar que teria recebido ameaças de morte do companheiro.

Aparentemente resolvida a questão da ameaça, de acordo com a denúncia, Sebastião Vieira da Silva e Almerinda Helena Miranda continuaram a residir sob o mesmo teto. No dia 22 de setembro de 1999, durante o dia, ele voltou a proferir ameaças de morte à vítima.

No período da noite, o casal foi a uma festa na casa de um cunhado. No local, Almerinda relatou que se separaria de Sebastião, tendo este lhe advertido que, se o fizesse, ele a mataria.

No decorrer da festa, a mulher deslocou-se para a sua casa para trocar de roupa. Sebastião, que tinha bebido durante o dia todo e já predisposto a impedir que a vítima fosse a outra festa, foi até a casa em que moravam.

Na residência, já na madrugada de 23 de setembro, armado com uma faca, ele dominou a companheira, tapou-lhe a boca, para impedir que esboçasse reação ou pedido de socorro, e desferiu vários golpes de faca, que lhe causaram a morte. Em seguida, ele fugiu.

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