O governador Romeu Zema (Novo) afirmou nesta terça-feira (23) em coletiva de imprensa no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte (MG), que o cenário da pandemia de COVID-19 está favorável para que ocorra o carnaval de 2022. O chefe do Executivo estadual informou que a organização é das prefeituras e que espera o mínimo de cada uma para orientar e organizar o evento de forma responsável. “Se omitir nesse momento seria o menos adequado a se fazer”, afirmou Zema.
Os brasileiros estão em “abstinência” de folia após o carnaval ter sido barrado em 2021 devido à pandemia de COVID-19. Mas tudo indica que entre 26 de fevereiro e 1° de março de 2022, os foliões vão poder matar a saudade e festejar novamente.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, o cenário de vacinação previsto para a data é positivo.
“Teremos cerca de 90% de toda a população vacinada com as duas doses e boa parte já vai ter tomado o reforço. Chegamos a um cenário diferente de quase qualquer país no mundo, porque o Brasil é um país que tem grande adesão à vacina. Nós já temos, da população adulta, 94% que tomaram pelo menos a primeira dose, ou seja, todo mundo está buscando a vacinao”, afirmou.
“Hoje, a incidência da doença é de 25 casos para 100 mil, na Alemanha é mais de 400 casos para 100 mil. Então, estamos em um momento epidemiológico positivo, vamos ver como estaremos no carnaval em relação a isso”, acrescentou.
Baccheretti disse também que os eventos estão acontecendo, então o melhor a se fazer é orientar com responsabilidade e controle.
“Nosso papel, pelo Minas Consciente que foi atualizado, é dar os cuidados necessários. Não adianta o setor público fechar os olhos, as festas estão acontecendo, o carnaval vai ser planejado pelos organizadores locais e nós temos que ajudar a orientar para que não haja risco de ser desorganizado e de forma preventiva como estamos tentando fazer agora. Temos que chegar mais perto para saber sobre isso”, alertou.
O governador corroborou a fala do secretário e afirmou que se omitir neste momento é o menos recomendado.
“Todo evento referente a carnaval cabe às prefeituras estruturarem, executar. Mas o Estado quer dar total orientação, apoio. O pior que uma prefeitura pode fazer é não interferir em nada, falar: ‘Eu não tenho nada a ver com isso’. Quando temos qualquer evento maior, é necessário que cada prefeitura pelo menos oriente, organize, não precise patrocinar, mas se omitir nesse momento seria o menos adequado a se fazer”, ressaltou Zema.
Ele também destacou que o carnaval é um evento importante para a economia de muitos municípios. “Carnaval significa várias coisas, inclusive renda para várias cidades, muitas têm um carnaval forte. Significa um evento cultural, uma questão de estarmos retomando um evento que não aconteceu em 2021 devido a pandemia e o Estado vai fazer tudo que estiver ao alcance, mas a execução final e o detalhamento cabe a cada prefeitura. Esperamos que os prefeitos, que fizeram tão bem até o momento, também façam a sua parte, já que em 90 dias estaremos com este evento.”